domingo, 6 de abril de 2014

Tudo bem.


Tá aqui o maior presente que eu acho que você pode se dar. Viu? Não entendeu? É esse aí, ó.

ACEITAÇÃO.

Passamos muito tempo imersos na sociedade, e por mais que tenhamos uma sido criados de maneira livre, em alguma parte do tempo ouvimos aquela ingrata afirmação de "Não faça isso" "Não Faça aquilo" "Isso está errado!" "Você é feio!", dentre outras.

Para muitos, pouca é a parte do tempo em que ouvimos "Que bonito" "Legal, gostei!" "Tudo bem".

Tenho que dizer que esse post tem um caráter muito pessoal para mim, pois a minha infância foi particularmente traumática nesse aspecto. Durante a infância me vi rodeada de pais críticos. "Pára com isso" "Deixa de ideia" e "Pato novo não mergulha fundo" eram frases que eu ouvia constantemente. E isso fez toda a diferença na minha vida. De maneira não muito positiva. Positiva porque eu aprendi com isso como me sinto quando ouço isso (não bem) e vi que isso faz parte de muitas pessoas na sociedade e é disseminado quase que por osmose, sem que percebamos muito o que eles fazem e o que fazemos em relação a isso.

"Aceitação radical" em alguns momentos faz bem, e digo mais, faz MUITO bem.

Experimente pegar a frase que representa aquilo que você acha estranho você fazer e diga ela e depois aplique-a após a expressão "tudo bem".

Exemplo: Tudo bem comer macarrão com almôndegas na banheira.









































Agora faça com algo que te incomoda no dia-a-dia:

TUDO BEM _______________________________________.

Tudo bem acordar tarde.
Tudo bem chegar atrasado no trabalho.
Tudo bem ter insônia.
Tudo bem ter vergonha de se apresentar em público.
Tudo bem suar pela testa.
Tudo bem se apaixonar por alguém que não conhece.
Tudo bem ter medo de não melhorar quando fica doente.
Tudo bem ter medo.
Tudo bem gostar de chocolate.
Tudo bem brigar com o melhor amigo.
Tudo bem se sentir sozinho.
Tudo bem chorar.
Tudo bem falar sozinho.
Tudo bem cantar.

Ei, não estou fazendo apologia a nada, mas me diga como você se sentiu após repetir essas frases e colocá-las nas suas situações pessoais.

Dá um alívio, não dá?

Não sei, dar um grito, jogar os braços pra cima, fazer algo espontâneo.

Não é segredo nenhum que vivemos numa sociedade que nos tensiona e nos testa nos seus vários aspectos.

E quem se sai melhor? Aquele que se pressiona até parar de funcionar ou aquele que leva as tarefas de maneira lúdica? Ou ao menos atenta e receptiva?

E quando percebemos que tudo que existe na humanidade é uma questão de perspectiva? O que pode ser um problema pra um pode ser a solução do outro? Qual a MELHOR perspectiva? Qual a melhor maneira de ver?

Pra mim a aceitação é uma das melhores maneiras de se ver qualquer coisa.

Não vou mentir, eu sinto que sou tensionada na maior parte do meu dia. Criticas da mãe, críticas do pai (ainda hoje), ônibus cheio, quase todos os dias, sol quente misturado com ar-condicionado gelado, tarefas como trabalhos com data definida e a verdade de só fazê-los quando se aproxima a data de entrega. Engarrafamento, amizades desfeitas, prazos, dores no pescoço e nas costas, falta de dinheiro, problemas familiares, doença.

Mas quando eu digo "-Tudo bem!" pra tudo isso EU ME SINTO LIVRE.

Eu sinto que pra cada coisa existe uma perspectiva e que para tudo também existe uma saída, basta mudar a maneira de pensar e estar disposto a ver o que você via antes de um novo ângulo. E que a vida é cheia de criação. Deus cria através de si mesmo, da natureza, da energia original, de sua inteligência organizadora e através de nós (sua creação) TODOS OS DIAS.

Ler essa sentença (acima) não muda sua maneira de ver a vida?

Quando nos aceitamos nos sentimos bem em relação ao mundo, porque apesar de não demonstrar, todos queremos ser aceitos, porque nos sentimos bem quando isso acontece. Não é? É gostoso ser aceito, você se sente bem por dentro, se sente mais completo. Sente que a interação com o mundo faz sentido. Mesmo a interação consigo mesmo.

Abro um parênteses para uma reflexão em outro pensamento: Se sentir livre nos faz sentir bem também, não?

Aceitação nos faz sentir-nos livres. Livres para fazer, livres pra ser, livres pra criar, livres pra imaginar, livres para agir, livres para encontrar saídas, livres para voar. E liberdade é a nossa natureza, mesmo que na forma de desejo quando estamos presos. Ela nunca foge à mente. Sempre lá, aguardando seu momento. É isso que somos, é isso que queremos.

É isso por enquanto. Talvez eu diga mais, mas por enquanto é isso mesmo.


sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Dicotomia não está com nada!



     A verdade é que a partir de agora preciso alterar a minha percepção de vida. Essa coisa de bem e mal, bom e ruim não está mais servindo pra mim.
     A vida é crescimento e percepção, e não só um amontoado de coisas boas e ruins que acontecem do nada com você. Ela é especial e tem todo um significado. Tudo tem o seu propósito de acontecer. E eu estou aqui pra aprender. Então, eu acredito que é melhor parar de me criticar pelo que deu ou dá errado. no final de tudo o nome disso é evolução e nada acontece ao acaso. Nem mesmo o acontecimento que pareça o mais randômico possível.
     Eu sinto a necessidade de ter a coragem de criar o meu próprio mundo. Não um mundo alienante, mas um mundo que dê força ao meu próprio pensamento para que eu possa criar uma vida melhor pra mim.
     É importante ver a vida de maneira inaugural. Faça o que de melhor quiser para sua vida, e se acabar em maus bocados, viva isso! Desapegue-se das crenças, conceito e críticas da sua família e siga o seu verdadeiro caminho.





Perguntas que cabem em qualquer momento da vida:

. O que estou criando para mim?

. O que eu quero para mim?

. O que estou fazendo para trazer mais do que quero para mim para minha vida?  

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Idividualidade e Identidade

    
 Eis que eu estava olhando a minha pele. E vi umas erupções saírem dela. Meio como uma espinha, inflamação pequena, sei lá. Eu estava no banheiro, e continuei meu caminho para o banho. Enquanto estava lá comecei a lembrar de uma situação muito desagradável que passei. Umas amigas minhas que ficaram rindo de mim sem parar por algo que eu tinha feito que elas acharam engraçado por eu não saber fazer como elas. Eu achei curioso elas acharem aquilo tão engraçado, mas resolvi deixar pra lá e deixar elas rirem, afinal, era tão engraçado. Só que não parou por ali. Elas continuaram rindo, e rindo, e rindo, e rindo. Estávamos em viagem juntas e dormíamos no mesmo quarto, então, quando já estava na hora de dormir, elas ainda estavam rindo. Eu falei : "Gente, chega, né? Tá bom já." E elas continuaram a rir. Eu comecei a ficar muito magoada, porque elas não paravam. Mesmo depois das luzes apagarem, elas continuaram rindo. E eu já estava quase chorando. Mas não consegui falar mais nada, se eu dissesse, perderia o controle, pois já era muito suscetível a esse tipo de brincadeira, por ter sofrido bullying. O pior era que estávamos em um retiro espiritual, e no dia seguinte, ainda teríamos que acordar cedo. 
    No momento em que eu ia sair do carro de uma das amigas, na porta de casa ouvi "Olha, desculpa qualquer coisa aí, tá? Não foi de propósito". E eu ainda tentar botar panos quentes na situação foi muito triste. E ver que essas amigas estão bem, vivendo, e eu estou na situação ultra-complicada, tentando me resolver.
    Só tem uma palavra pra descrever isso: absurdo. Num momento e lugar em que estávamos exercitando a tolerância, a vivência em comunidade, eis que passo por essa situação. E a minha reação? Tentar aplacar os ânimos. Peraí: os ânimos de QUEM? Meus, que estava pra gritar e chorar naquele momento. Palavras que me veem à mente pra descrever a situação são: Humilhada, Sem saber como reagir, Triste, Oprimida, Ridicularizada. Pois é, eu sei que nenhuma delas agrada, mas foi o que eu senti no momento. E aí pensei no significado da pele segundo  o esoterismo: a pele representa os limites.
     E aí pensei na minha individualidade. E em como eu sempre quis emagrecer, sair, me divertir, me dedicar, etc, durante uns 12 anos. E sobre como eu fiz tudo, menos isso. Sei lá, tentei várias vezes, mas nunca tive gás. Eu me sinto uma mente fraca cercada por gente que não quer nada do que eu quero. Minha irmã vive me oferecendo chocolate, bolo e empada, mesmo sabendo que nós duas precisamos emagrecer. Minha mãe quer fazer tudo por mim como forma de cuidar de mim, mas na verdade me sufoca, e mais me incentiva a ficar na mesma do que mudar. Meu pai sempre foi motivo de medo pra mim, sempre perguntando e verificando o que eu estava fazendo, quanto ganho, porque estou tão gorda, porque eu não faço nada melhor. Pra ele tudo se resume a status financeiro. Casa, bens, carro, emprego. Tem tudo isso do bom e do melhor? = sucesso. Não tem? = fracassado. E toda vez que ia visitá-lo me sentia mal, porque nunca tinha o resultado da enquete que ele queria.
     E quando dei por mim, estava eu no chuveiro, olhando novamente para a minha pele, pensando no quanto eu me sinto desesperada para fazer as coisas que eu penso, sinto e quero, e como entrego o meu Poder tão facilmente às pessoas, acreditando que elas sabem o que é melhor pra mim, e que são melhores e mais capazes do que eu. 
     Eu sei que eu sou capaz. Eu sei da minha capacidade e habilidade, mas me vejo fugindo de tudo, porque na verdade, não é o que eu quero. Quando eu quero as coisas e sou apaixonada pelo que faço, eu rendo muito mais, me sinto feliz, encontrada, faço qualquer coisa pra continuar. Quando não é assim, posso sentir qualquer tarefa, por mais simples que seja, como uma terrível obrigação, capaz de devastar a minha vida. 
     Liguei para uma amiga, pra marcarmos um dia e terminarmos de estabelecer nossas metas para o ano, e ela juntou no mínimo umas 15 desculpas para não fazê-lo. Buscar o que vai ajudá-la não é uma das suas prioridades, nem de perto. Primeiro tenho isso, isso, isso e isso. Se der tempo...Eu te ligo.
     É uma necessidade de ficar abaixada olhando pro chão quando a sua vontade é se levantar. E quando você pergunta se pode levantar te dizem: fique abaixado. E o problema é que você sempre pergunta antes de levantar. E por isso não se levanta nunca.
      It's just a feeling, just a feeling, just a feeling that I have...

sábado, 13 de abril de 2013

Famílias Disfuncionais



Viver baseado nos "valores da família".

Crenças:

- A família é a coisa mais importante que existe no mundo.
- Sem família, ninguém consegue viver bem.
- Papéis separados: a mãe é caseira, cozinha e arruma a casa, o pai é o "ganha-pão" da família, a função dos filhos é estudar e tirar boas notas na escola. (será que esses valores são corretos?)
- O filho deve se comportar. Deve obedecer e respeitar os pais, que são mais velhos que eles e sabem mais sobre a vida.
- Os novos não são capazes de realizar muito, porque ainda tem MUITO a aprender.
- Todas as pessoas são falsas, mentirosas, trapasseiras, enganadoras.
- Você tem que fazer tudo pelo bem da família.


O que fazer: (AÇÃO)


- NEUTRALIZAR a ação desestabilizadora da família através da AUTOCONFIANÇA e racionalização objetiva dos acontecimentos;

- SUBSTITUIR as crenças anteriores por novas crenças funcionais.

-PROCURAR AÇÃO POSITIVA, MEDIANTE ATITUDE DESTRUTIVA de qualquer parente disfuncional na dinâmica familiar.

No final, o que vale mais que tudo? Será que não é VOCÊ? 

Você acredita que acreditar nisso é ser "egoísta" e "narcisista"? Pense bem... Tudo em exagero faz mal, mas na dose certa sempre pode ajudar. Se você vive com uma família que "não funciona" e se sente mal com as dinâmicas familiares e com as atitudes dos familiares, que é percebe isso? Quem sente isso? Quem é machucado ou machuca por isso? Não é sempre Você criando situações (coletivas) de vivência? 

E quem nasce sem família? Será que não tem chance de viver uma vida saudável ou será que existem exemplos contrários?

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Processo de reabilitação:
Compromisso e relacionamento andam juntos. Compromisso significa dedicar tempo, interesse, e é isto que inicialmente um co-dependente necessita: interessar-se e dedicar-se um tempo para si, consequentemente melhorando progressivamente o relacionamento consigo mesmo e com os outros. Assim sendo permite que mantenha o respeito próprio e a sua dignidade, assuma total responsabilidade por seu comportamento, por sua vida; estando aberto a várias soluções, aprendendo a combinar melhor emoção com razão.

Recuperando a identidade:
O primeiro passo para a recuperação da própria identidade inicia-se a partir da decisão de procurar uma ajuda profissional com psicólogos adequados, juntamente com a participação nos grupos de apoio, leituras de livros e atividades afins.
O cerne da recuperação é o processo de reconstrução, de adquirir novos comportamentos, uma atitude de perdão e carinho para consigo. Recuperar-se é mudar os comportamentos derrotistas de sobrevivência aprendidos no passado; um processo gradual de conscientização, de aceitação, de mudança e de cura.


fonte: http://www.todosterapia.com.br/artigo3.htm

terça-feira, 9 de abril de 2013

No Core...

     Hoje eu escrevo como quem desce um rio.



     Descendo o rio sem bóia nem barco, simplesmente seguindo o fluxo.

     Desde que nascemos vamos aprendendo a viver. Primeiro aprendemos a andar e falar. Depois a expressar nossas necessidades de forma mais refinada: ao invés de chorar e berrar aprendemos certos conjuntos de palavras como por favor e obrigada que trazem o que queremos de maneira até mais rápida e fácil. Só que depois disso fica bem complicado. Depois que entramos na escola, entramos também em contato com o convívio social, com o estudo dos escritores renomados e com a idéia de que o que estudamos é VERDADE, assim como acreditamos na idéia de que o que os nossos pais nos ensinam é VERDADE. E aí na adolescência a coisa descamba de vez, quando dessas verdades saem muitas mentiras, e então ficamos conflitados com a pergunta: Qual é a verdade? De verdade? Aí começam os conflitos com pai, mãe, família, parentes, amigos e até desconhecidos ou os próprios escritores renomados (de todas as áreas de conhecimento). Aí entramos na faculdade e descobrimos que o mundo funciona de maneira que nunca pensamos ser: estudamos milhares de textos, milhares de pontos de vista, percebemos que apenas alguns poucos nos tocam, e que os professores querem que saibamos e entendamos sobre todos. E ainda que saibamos articular aquilo que os textos dizem, e chamam a isso de "raciocínio crítico". Saímos da faculdade com diploma, o que não é garantia de nada, já que alguns trabalham na área, outros resolvem fazer outra faculdade e outros trabalham com algo que não tem nada ver. E continuamos a nos perguntar, munidos de algumas verdades: qual é a verdade?
     Ao menos uma vez na vida se passa por nossa cabeça: a vida é justa? A vida é certa? Todos os conceitos que aprendemos com a titia tetéia caem por terra. "Não jogue o lixo no chão", enquantos vemos os porcos (que podem ser nossos próprios pais) fazendo o oposto. Peça por favor e diga obrigado, e é o que menos vemos nas ruas. Só que a maioria aprende isso, não aprende? Então porque reproduz o oposto?
     As pessoas aprendem uma verdade subliminar e condicionada pelo meio, que é a "verdade silenciosa" que permeia a humanidade. "Faça isso e seja aceito". Fumar faz mal à saúde. Beber pode acabar com seu fígado. O que mais vemos são os jovens aprendendo a beber (NA FACULDADE PRINCIPALMENTE). "Se você não bebe, não é adulto, é uma criança!", e aí vemos jovens morrendo na volta pra casa da boate e dizemos "Que absurdo, bebendo e dirigindo...". Temos modelos de comer corretamente. Pergunte o que mais vemos nas ruas? Fast food. É Mc Donald's, Bob's, Burger King e Domino's que não acabam mais! E é no mundo inteiro! Onde comer corretamente? Nos restaurantes que cobram bem caro por isso, em muitos lugares. E o sono, onde fica? Não posso dormir, tenho que acabar de fazer isso e isso ou "Não consigo dormir. Estou com insônia". E a procrastinação? Se tornou suuper normal.
     E você? Onde entra nisso? Depende de onde está. Mas uma coisa eu posso dizer: sofro muito com isso diariamente. Pra mim muitas coisas são incômodos: a rua cheia de barulhos, crianças da escola pública gritando, buzina de carros, motoqueiros que fazem mais barulho que tudo, pessoas gritando (sabe-se lá por que motivo). Ônibus lotado, motorista que dirige rápido/devagar demais, família que não fala a minha língua, família que não colabora pra convivência e embarrera o seu caminho ao invéz de ajudar, falta de amigos, excesso de leituras pra faculdade que não fazem o menor sentido pra você, o sentimento de que algo está errado, fora do lugar, talvez você, a falta de entender como as pessoas se relacionam e que quando você dá um sorriso elas podem achar que você é falsa. Fora isso, milhões de coisas pra fazer e a sensação de que você não vai fazer metade delas, primeiro porque não sabe como fazer isso, segundo porque pode não lembrar de fazê-las ou ter algum imprevisto, terceiro que não vai planejar bem, quarto que cada dia é um dia e traz supresas, você pode mudar o plano ates até mesmo do meio-dia.
     E essa necessidade....essa necessidade de fazer alguma coisa. De ser alguma coisa. De ser alguém importante, de honrar as suas experiências e a sua família. De viver com conforto, bem-estar e felicidade. Sempre se adequando aos modelos expostos pela t.v., revistas, séries e filmes (de preferência americanos).
     Mas também não posso negar as coisas boas que aprendi: os bons documentarios e filmes que vi, os bons amigos que fiz e as experiências boas que tive, os sonhos que realizer, as VERDADES que aprendi, o amor que compartilhei, as idéias que criei, as músicas que ouvi, os lugares que visitei, tudo isso no meio dessa bagunça toda, teve o seu valor. Então, no que eu devo focar? No BOM ou no RUIM do que aconteceu? A escolha é só minha. A escolha que faço o tempo todo, a cada momento. A escolha de estar presente e inteiro no que estou fazendo.
     O que é 1 dia pra uma vida inteira, seja um bom ou mal dia? O que fica de tudo o que você viveu?Resposta: é aquilo a que você dá importância.
     Nesse momento da minha vida eu me sinto tão confusa, tão exposta a tantas vias de conhecimento, a tantas verdade, a tantas coisas boas e ruins. Como decidir? Como fazer a minha vida melhor? Acabei de ver um vídeo onde um rapaz dizia que a informação hoje não vale quase nada (An open letter to educators- youtube), mas eu discordo dele. Informação hoje vale mais que ouro, porque a internet é livre, mas só tira o melhor dela quem sabe ONDE procurar, e mais especificamente O QUE procurar. Se você não sabe pelo que procurar, como vai achá-lo? Você que tal coisa, mas como achá-la? Entende?
     Percebi que é um desperdício pensar no que nao tenho, no que não sou, no que não é, no porquê das coisas... E mais vale pensar no que  EU QUERO e ir atrás disso.
     Mais do que tudo eu sinto a necessidade de ME ABRIR. E eu me fechei. Me fechei muito, porque fui machucada. Machucada por pessoas que fizeram de mim o pior do que eu podia ser, e que eu nem era. Me chamaram de feia, de gorda, de imprestável, de incapaz, de preguiçosa, me enganaram, amigos me traíram....Mas olha o que ficou: a verdade de recomeçar. E olha como eu mudei... Hoje também assisti um filme sobre o nazismo ( O Leitor) e pensei na fala da mulher que era filha de uma judia que foi a única sobrevivente de um incêndio em uma igreja, onde todos morreram menos ela...Ela disse que não podia perdoar a mulher que fez isso com a mãe dela. Só que a mulher que foi condenada pediu que lhe entregassem dinheiro para usar como quisesse. Eu pensei sobre o que fica da dor....O que fica do ódio por uma pessoa que te fez mal. Será que bater numa pessoa realmente tem a capacidade de retirar o ódio em seu coração e ensinar a lição que a pessoa merece? E pagar na mesma moeda? Será que funciona? Essa é uma noção muito difícil de aprender nos dias de hoje, porque é olho por olho, dente por dente, pessoas que se machucam diariamente e não veem as coisas melhorar em suas vidas em função disso. Até porque a vida é cheia dessas idas e voltas do mundo. Vemos pessoas terríveis ficarem impunes e pessoas inocentes serem punidas, e nos perguntamos da justiça nisso tudo. Mas o que eu pensei é que a dor não traz nada, apenas a lição nela imbutida. Por mais que você tenha sido machucado, o que fica disso na sua vida? Ou a dor de se agarrar a isso pra sempre, ou a força pra deixar isso ir e seguir em frente. As experiências que você vive te moldam, mas você tem a capacidade de decidir COMO te moldam. Você também tem a capacidade de sempre se renovar, mesmo que você tenha mais de 60 anos. Qualquer idade é idade pra VIVER. E a vida transcende tudo isso. A cada esquina vemos superações, histórias pra contar, símbolos da transformação seja emagrecimento, seja filosofia, seja auto-ajuda ou fato histórico. O micro. E o macro. Sempre se interinfluenciando. E assim concluo que não estou só. Então porque ter medo? Navegar é preciso. Mesmo sem barco, mesmo sem bóia, seguindo o fluxo do rio. As pessoas não entendem que sua história é muito preciosa. Elas não se dão o valor. Não entedem que seus erros são pérolas que enriquecem suas vidas. E os acertos também. Pérolas, pérolas de igual valor. E assim chegamos na síntese do viver. Um pouco como estóicos, um pouco como algo que nunca se viu na vida até agora. Completude. Oneness.

    

Indo ao CORE.



    Às vezes, no meio do caminho nos deixamos nos perder. Não tem problema. Perder-se FAZ PARTE do caminho. No caminho da síntese a dualidade permanece, nos ensinando a completude através da vivência de cada lado. Opostos cumprem o mesmo papel dentro de nossa evolução. Então, porque sentir-se mal? Qual o propósito disso? Por que não VIVER O MOMENTO? Entregar-se a ele como quem entrega seu Poder a si mesmo. Com Amor, Carinho, Constância, Disciplina de SER, Verdade una.

It's just a phase...It's not forever...



O ideal é ler ouvindo a música.

O mais engraçado é que da primeira vez que ouvi a música "Whiskey, Whiskey Whiskey" do John Meyer, pensei: nossa, que ruim essa música, hein? Lá vai esse viciado do John Meyer falar sobre como é viciado em bebida, bem o estilo dele mesmo. Só que depois pensei: É, viciados somos todos nós. Cada um com seu uísque. O uísque da depressão, o uísque da comida, o uísque do medo, o uísque do exagero. E é um uísque depois do outro, pra não sentir mais nada. E o comprometimento pra fazer dar certo? Não, não dá não. É muita coisa pra mim. Não vou aguentar ver os resultados perdidos no vento. Vitória? Onde que você viu isso, meu amigo? O negócio é:

Uísque, Uísque, Uísque,
Água, Água, Água,
Sono.


Uísque, Uísque, Uísque,
Água, Água, Água,
Acorda, sacode a poeira e repete.

Tudo de novo outra vez. O mesmo resultado, o mesmo modo de fazer as coisas, as mesmas distrações, a mesma prisão interna.

É só uma fase, não é pra sempre,
É só uma fase, mas talvez eu ainda tenha alguma chance.

Tentamos nos convencer de que está tudo bem, sem nos aventurar-mos, sem nos jogar do penhasco com a cama elástica no final que é a Fé.

Parece que tem um pedaço de mim que está indo embora (de mim) hoje. Esse pedaço é o meu pequeno ego. Eu nunca fui muito a favor desse termo "ego", porque parece que existe algo que não somos nós, e nós somos um todo. Esse todo não se divide, não se rotula, não se parte. E esse todo é TODO em si. Então, tudo que sou eu, eu sou. Mas esse pedaço de mim que escolhi retirar de mim é a minha programação antiga, que vivi fielmente por anos a fio. É a crença de que sem ninguém eu não sou nada. De que sou dependente dos pais, dos amigos, dos que me fizeram ser eu, e até dos inimigos. Isso não é verdade. Simplismente, porque eu sou toda. Eu sou plena e completa em mim mesma. O que não significa que eu não possa me doar, me compartilhar com todos. Mas antes, a idéia de que sou toda. E daqui por diante quero uma nova vida. 

E como sabemos, na encruzilhada da nova vida se encontra a DECISÃO. A decisão de ir em frente. Eu decido ir em frente. Daí, uma nova jornada. É como se esse chiclete negro ficasse ainda grudado em mim e me dissesse o final "você nunca vai fazer isso sozinha"... Isso se manifestou na minha vida na forma de cansaço,  desmitivação, repetição de hábitos repetitivos, sono exagerado, depressão. Eu quero ser LIVRE, porque eu nasci livre e eu sou a própria Liberdade.

Tem que ter muita coragem pra encarar a "vida como ela é/ "realidade" e fazer o SEU mundo. E quando as pessoas disserem "você fala muito e não faz nada" diga " o nome disso é CRIATIVIDADE"...Se você não fala de idéias, você não CRIA, fica preso à mesmice do que é antigo... Entende?